Vivre la mode!

Esses dias, um amigo me perguntou: "Se você tivesse que tirar toda a roupa, ficar nua na frente de todo mundo, você, ainda assim, seria a mesma pessoa?"
Fiquei intrigada, onde diabos ele queria chegar?  Não vai querer que faça um "strip tease" em público, né? Mas,  me concentrei na pergunta e, tentei responder, mesmo sem entender direito - "Sim, seria a mesma pessoa! - falei meio titubeante, mas tudo bem, queria mesmo era saber onde isso ia chegar...
Ele continuou: Se você consegue, mesmo sem a "capa social" (se referindo a roupas), ser quem você é, é sinal de que a moda pode te fazer bem!

Foto: The nu Project 
Hã? Como assim?

Reflita! Depois me diga o que entendeu!...e se foi, me deixando no vácuo!



Por coincidência, hoje, li um post no site "Entenda os homens", que, aliás, recomendo muito - e cá estou, tentando entender, mais uma vez, o meu papel no mundo!

Como falei, em alguns post por aqui, sempre achei a moda uma "extravagância fútil que massifica as personalidades, fazendo com que as pessoas percam a sua identidade em prol da aceitação social". Isso que nem estou citando o fator "imposição da magreza"...
Mas, enfim,  por necessidades profissionais e pessoais, comecei a querer "entender" melhor esse universo da moda, afinal, estamos falando de uma das mais lucrativa indústrias do mundo, se não estou enganada, só perde para armas, drogas e remédios!



Cansada do conhecimento empírico, resolvi buscar a teoria e, das muitas coisas que li sobre o tema "moda", achei esse texto maravilhoso do "Pluiedemode" e, que fez muito sentido para mim...destaquei alguns parágrafos, que achei interessante:

"Coisas simples,  como sentir-se  confiante,  usando determinada roupa e vulnerável vestindo outra,  fazem de consultores de estilo um dos profissionais mais solicitados na atualidade. Nesse cenário se pergunta: Afinal, o que é moda?

Moda é comportamento e tudo que está nas araras por aí  foi pensado para a sociedade atual de acordo com seus paradigmas, necessidades e desejos. Ela funciona como uma forma de expressão, surgindo da vontade da diferenciação, de se mostrar único, mas sempre dentro um coletivo. Ou seja, a moda é a forma de um grande grupo com o qual nos identificamos".

Continuei lendo o texto e, eis que encontro a resposta para a questão lá do início! Confesso que pensava algo parecido, mas por falta de originalidade e medo do comprometimento achei melhor transcrever o que a autora escreveu...afinal, de moda,só o que sei é da intuição, não vou arriscar no meio de tantos estetas.



"Um exemplo é aquela pessoa que investe tudo em seu guarda-roupa, está sempre usando as últimas tendências do momento mas,  mesmo assim,  fica aquela sensação de vazio para quem vê. Em palavras claras fica “sem graça”. Isso ocorre justamente porque essa pessoa quer tanto se adequar ao coletivo, quer tanto se portar como a maioria,  que esquece do individual, ou seja,  não usa a moda como expressão da sua personalidade, por consequência não define uma identidade, um estilo pessoal".




Confesso que, até achava, que meu estilo,  pouco tinha a ver com moda. Sou daquelas pessoas que "usa o que tem disponível" ...só que não! No fundo, sou como todos os outros(as), quero sim, que as pessoas me aceitem, me compreendam, quero fazer parte de algum grupo...e por quê não? Posso fazer parte e nem por isso deixar de ser eu, do meu jeito...posso estar na moda sem ser usada por ela!
Chega de complicar. Vivre la mode!

E você? É capaz de despir-se e ainda ser você mesmo? 

A propósito, olhem que coisa mais linda esse site: The Nu Project , fonte das fotos desse post


beijos fashions, pra vocês!

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