Vive la différence!

Sempre gostei de moda, mas acho que, o que me faltava, mesmo, era coragem. Coragem para admitir que gostava e coragem de aceitar o meu estilo imperfeito de ser.
Porque moda tem a ver com se expor, dizer quem você é, o que você quer...

A minha  "moda" era uma coisa totalmente "intuitiva", vestia o que sentia e deu, acabou.
No meu pré- conceito, para usar moda, tinha que entender de moda, saber nomes de grifes e ter roupas de grifes, entender de tendências e afins...
De cara, pensei: Moda não é para mim.

Então, deixei esse tema quietinho, num canto, para pensar nele depois, com mais calma e com menos preconceito.

Só que a vida, não deixa nada para depois...e, por obra do destino, acabei indo trabalhar, justamente, com ela, a moda. E agora? O que faço? Não posso ser doida de recusar trabalho...

Respira fundo, acalma e segue a tua intuição...Ahã!!! A intuição! A intuição sempre me salva nessas horas. Lá vou eu para a livraria.

Uma leitura libertadora...

Para a minha surpresa, dei de cara com esse livro, da Cris Guerra, Moda Intuitiva. Qual foi a minha surpresa? Eu não estava, totalmente, errada! Achei alguém que me entende! A sensação que tive quando terminei de ler foi de LIBERTAÇÃO.
" Não quero a moda para mandar em mim. Quero é me libertar da moda. Quero é convidar a moda a se vestir de mim" 
Cris Guerra, Moda Intuitiva

Eu e a moda...uma relação de amor e ódio

Na adolescência, sempre achei que, para "estar na moda" tinha que usar marcas, grifes e "tals", coisa que a minha humilde realidade jamais me permitiria. Comecei a trabalhar com 14 anos e, desde cedo, já sabia o valor do dinheiro, então, não havia a mais remota possibilidade de usar o todo o meu salário do mês em uma roupa da moda ou em um tênis importado (que na época era só para quem viajava). Estamos falando de uma adolescente na década de 1980!!! Tudo era muito "tudo", um exagero, achava tudo tão fútil! Nunca esquecerei da única peça da moda 80: uma meia verde limão!

Continuei trabalhando, estudando, morando sozinha, arcando com as despesas, que não eram poucas e, mais uma vez, a moda não era prioridade para mim.
Não tinha um estilo definido, usava o que estava disponível e, na maioria das vezes, de liquidação ou doado. Quer saber o que me deixava feliz, nessa época? Uniforme. Adorava usar uniformes! Esse era um dos meus critérios para escolha de emprego: Usa uniforme? - Uniforme era maravilhoso, não precisava me preocupar com o que vestir, estava no "padrão" não iria correr "riscos" e, finalmente, estava igualzinho a todo mundo!


O tempo passou, amadureci - Como é bom amadurecer! -  passei a ver o mundo com outros olhos e, acho, que o mundo também passou a me ver de outra forma. Adquiri autoestima: Que bom que não sou igual a todo mundo! Vive la différence! Tenho quadril, coxa grossa, testa alta, dentes tortos..e daí? Qual o problema? Para mim, nenhum! Vou em busca do estilo Márcia de ser.



O que estou lendo (e amando)


Boa leitura!

beijos

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